Qual a possibilidade de um médium de incorporação enxergar?

Alguns médiuns de incorporação passam por uma fase (às vezes temporárias outras não) ao qual o médium pode enxergar, ouvir e até sentir o que a sua entidade (caboclo ou exú) está vivenciando.

Mas como saber se sou eu ou a entidade que está de espírito presente em meu corpo?

Isto é simples, por mais que o médium ache que possa ser ele, a entidade faz coisas que o médium quando cru jamais faria, exemplo, na hora de comer o elebó(alimento oferecido ao exu, algumas vezes utilizados como prova para exu), prever ou trabalhar a favor ou contra o médium ou aos consulentes, dizer que vai ajudar e realmente ajudar, isto não tem como uma pessoa crua fazer. Pois aos espíritos cabem ajudar as pessoas e elas jamais ajudariam a uma pessoa que estaria se fingindo, também vemos pessoas com hábitos diferentes, por exemplo vemos pessoas que não fumam fumar, pessoas que não bebem beber, etc.

Mas por que eu vejo e os outros não?

Para esta pergunta não existe um por que descoberto, embora uns poucos guias espirituais digam que o motivo seja falta de concentração do médium, eu já acredito que não por que quando a pessoa chama a entidade(concentra-se para incorporar a entidade) até poderia ser, mas depois de a entidade incorporada a própria já poderia tirar a visão, audição, etc. também temos por certo que nem todos que são médiuns de incorporação passarão a deixar de enxergar ou ouvir, mas isto não torna o médium ou a entidade incorporada mais fraca.

Uma vez me disseram que a minha entidade não precisa que eu me concentre para incorporar em mim é verdade? Por que então ela somente chega quando eu me concentro?

Sim. Mas muitas entidades respeitam o seu médium e não incorporam sem a concentração do mesmo, até porque quando o médium se concentra está autorizando a incorporação. Embora isto não seja empecilho para em fato de uma necessidade real a entidade chegar sem a concentração do mesmo.

Minha entidade de quimbanda, já me deixou mal(tonto, bêbado, etc.) isto quer dizer que eu estou me fingindo?

Não, embora isto não possa ser uma regra, muitas vezes que as entidades se incomodam por algum motivo ou com o próprio médium ou com os presentes a entidade tem a tendência de deixar o seu fluido, o que causa estas sensações, o que é recomendado é que o médium e o espírito seja doutrinado a não o repetir.

Como assim o médium ser doutrinado?

A princípio, muitos ignoram que o corpo tenha de ser alimentado antes de qualquer terreira ou festa de religião, tornando assim muito mais difícil para o espírito incorporado controlar a bebida alcoólica ingerida, sendo que podemos usar um princípio simples, saco vazio não para em pé. Portanto sempre devemos estar bem alimentados para participar de qualquer ritual que envolva incorporação.

Falta de fé, Fé e Fanatismo.

 

 

Assim como em qualquer religião, a umbanda também tem seus seguidores com estes defeitos.

Como classificar a fé?

O que é o fanatismo?

É bom ser fanático?

Vamos botar do seguinte ponto de vista. De maneira geral, na umbanda nós sempre somos crianças. Não do ponto de vista de idade, mas quer dizer que sempre estamos aprendendo e nos aperfeiçoando. Não podemos dizer, por exemplo:

- Eu sou pronto por isto eu sei tudo.

É errado dizer que alguém sabe tudo de alguma coisa, pois sempre estamos aprendendo na umbanda, ou com alguém que a segue ou com seus guias espirituais mediante cartas, consulta com os guias ou qualquer outro meio de contato.

Mas vamos ao que interessa, o quão o fanatismo pode prejudicar?

Imagine uma criança que está gripada ou com algum sintoma que precisamos remediar. A fé é o remédio. Mas imagine a mesma criança tomando, por exemplo, um melhoral infantil a cada 5 minutos? A função do melhoral infantil é baixar a temperatura do corpo para dissipar a febre. Se esta criança tomar um melhoral infantil a cada 5 minutos no final do dia a temperatura do corpo desta criança estará tão baixo que talvez o corpo não aguente e vindo esta criança a desfalecer com um grave problema térmico. Agora de modo que nós entendamos melhor, a criança somos nós, o melhoral infantil é a fé e se exagerarmos (caso do fanatismo) o que pode vir a acontecer é que ninguém mais ira querer se remediar com nosso remédio devido ao excesso.

Isto quer dizer que a fé é ruim?

Não muito pelo contrario, a fé é o melhor remédio e requisito mínimo para qualquer serviço que for feito na religião. O que é ruim é o excesso, tudo que é em excesso é ruim. Por exemplo: você gosta de chocolate? Se sim pegue e compre chocolate o suficiente para você passar o dia comendo, no primeiro momento é bom, mas conforme o dia vai passando você já vai repunando o chocolate até que vai chegar o momento em que você vai dizer que não quer mais chocolate, isto sem contar a quantidade de colesterol que você vai ingerir. Agora vamos trocar o exemplo para uma coisa mais saudável, correr. Muita gente gosta de correr, imagine agora uma pessoa começar a correr da hora que acorda e não parar de correr até a hora de ir dormir? Não há corpo que aguente né?  Isto é excesso. Então ter fé é bom, mas excesso de fé é fanatismo.

Mas também há o oposto, aquela pessoa que só lembra quando precisa. Por exemplo, aquela pessoa que quando precisa de um emprego vai lá e bate cabeça, acende uma vela e faz o pedido com todo o rigor da fé. Mas depois que consegue, não acompanha, não acende uma vela, não bate cabeça, ai quando precisa de novo pratica o mesmo ritual. Isto é ter fé?  Não estou falando daquela situação que no horário de uma sessão ou terreira a pessoa esteja trabalhando. Mas convenhamos para bater cabeça, acender uma vela e arriar uma frente não precisa ser necessariamente no horário de serviço né? Afinal o vivente trabalha vinte e quatro horas por dia e sete dias por semana?

 

Então convém lembrarmos-nos deles para que eles não se esqueçam da gente.

 

Que os pais estejam conosco.

 

Sds

 

Fabiano do Veludo