A FESTA
Carlos amava Márcia mais do que tudo na vida.Bom mais do que tudo não: tb amava com igual intensidade a pequena Manuela filha do casal.
A menina já tinha quatro anos, lindos cabelos negros olhos castanhos um jeito brejeiro de ser.Irradiava alegria.Fora concebida quando o casal ainda namorava.Na época se amavam tanto que não se importaram com o fato de não serem casados.Márcia subiu ao altar grávida.
O casal em pouco tempo adquire uma modesta casa. Onde impera o amor e a alegria.Quando a pequena Manuela nasce o amor redobra naquele lar.E tudo caminha bem, até Carlos se envolver com drogas.Na faculdade influenciado por colegas experimenta pela primeira vez.Ao contrario dos amigos que usavam a droga para fugirem da tristeza do dia a dia, ele usara apenas para ver como era. Achava que até por conta disso não se viciaria.Diferente dos colegas ele se julga no controle de seus atos. É um homem feliz e não seria uma drogazinha a toa que iria mudá-lo.
Mas o tempo se encarregou de mostrar-lhe que estava errado.O que começou como uma brincadeira, um desafio, acabou por se transformar em obsessão.No começo escondeu da esposa, mas eram visíveis as modificações que Carlos sofria.Não só emocional, mas fisicamente.Márcia a princípio achou que o amado esposo estava doente, preocupada marcou consulta com o medico do convenio.Mas Carlos não foi, como não foi em outras que foram marcadas.Até que um dia ela não conseguiu marcar mais, pois o convenio havia sido cancelado, pois Carlos fora mandado embora da firma por justa causa: havia sido flagrado roubando objetos que provavelmente seriam trocados por drogas.A noticia caiu como uma bomba.
Naquela noite o casal teve sua primeira briga. Outras vieram...E Carlos por mais que amasse a esposa e a filha não consegue abandonar o vicio.Dois anos se passam e a situação já não tem controleEle some por dias e quando volta já não se sente bem em sua própria casa.Márcia agora trabalha para manter a casa.Ele pede-lhe dinheiro ou rouba-lhe para manter o vicio.Sente que esta prestes a perder o amor da mulher e isso lhe dói muitoSai a esmo, mas com uma idéia fixa: vai parar de se drogar.Essa noite será a ultima vez.
Quando o dia amanhece ele voltara para casa e tudo mudara.Hoje é domingo, ele vê sua amada filha brincando no jardim.Os raios de sol tornam a menina mais bela.Ela brincava ao lado de outras crianças que ele não conhecia.Provavelmente vizinhos.Quando a menina o vê abre um sorriso que o comove ao ponto dele soluçar.Abraça a pequena, beija-lhe o rosto com ternura e amor, a menina retribui o carinho afinal ama o pai e dada a inocência não sabe do drama que o acomete.
Carlos pergunta por Márcia e a menina responde que a mãe esta lá dentro chorando.Ele entra e depara com sua amada esposa chorando de fato.Aproxima-se tentando estabelecer um dialogo, nota que ela esta olhando fotos do casamento e isso o emociona também.Como pode abandonar a felicidade? Como pode ser tão estúpido?Perder emprego, faculdade, dignidade e ate certo ponto à própria família?
Mas a família ele não perdera, recomeçara sua vida.Ele abraça a esposa, mas ela levanta-se subitamente incomodada e o ignora.Ele tenta manter a calma fala que se arrependeu dessa vez é para valer.Diz que esta ‘limpo “e vai continuar assim. Márcia o ignora vai ate o jardim e abraça a pequena”.As demais crianças ficam lá fora brincando, enquanto ela entra com Manuela.Ele brinca com a menina, pede a ela para falar à mamãe que papai vai mudar.A menina apesar de nova parece compreender o drama e tenta convencer a mãe.Esta abraça a filha chorando e diz que vai sair e vai deixá-la aos cuidados da vizinha.Carlos protesta em vão, diz que é o pai da criança e que pode cuidar dela. Ele percebe que não vai convencê-la, afinal porque ela confiaria num drogado?
Ela se arruma apressada pega a menina e sai.Ele resolve seguir a esposa ao longe, tomam o mesmo ônibus ele fica no fundo vai descer pela porta de traz quando for o momento, pois esta sem dinheiro no momento.Não sabe porque mais esta sentindo muita raiva da esposa, será que ela vai se encontrar com outro?Ela desce e ele a segue, vê quando ela entra numa casa, esgueira-se sem ser notado, parece que ali dentro esta tendo uma festa.
O ódio toma conta dele, que dizer que ela tem coragem de ignorá-lo deixar a filha com a vizinha para ir a uma festa?A certeza que ela tem um amante aumenta a cada minuto.Vadia!!!Ele se mistura às pessoas que estão na festa.Umas bebem outras não, mas parece que ninguém ali se importa com ele.Nota que existem outros drogados como ele, acha estranho será que ali rola drogas também? Mas agora nada disso importa.Vê quando sua mulher aproxima-se de um homem.Embora o barulho e a distancia atrapalhe ele ouve que o tal homem chama-se João.Enfurecido vê quando o tal de João abraça sua esposa com carinho.Vê que ela lhe entrega um pequeno embrulho.O tal João abraça-a com mais amor e a safada esta chorando de emoção.Num ímpeto Carlos resolve agir, caminha ate o casal disposto a acabar com a palhaçada.
Agora esta a poucos metros, vai acabar com os dois, nada mais importa.Márcia esta de costa não vê quando ele se aproxima.Melhor assim pensa ele, totalmente tomado pelo ódio.João o vê, mas parece não se importar.Isso o deixa mais revoltado, vai acabar com a festa.Prepara para desferir um potente soco.Mas João sorrindo lhe segura e outros homens vêem em socorro.Carlos grita chama João de covarde, tenta se desvencilhar, mas não consegue.João ri e ampara Márcia.Agora Carlos vê o pequeno embrulho: são fotos dele e um papel onde ele lê Atestado de Óbito!Os homens que o seguram lhe mostram algo: estao passando um filme. Só que não é um filme comum.
Ele vê sua própria vida desde a infância ate a hora em que sai de casa para se drogar pela ultima vez e... morre de overdose.Vê quando volta pra casa, mas ate então não sabia que já haviam passado meses.Revê sua linda filha cercada de crianças e descobre que eram espíritos de Umbanda chamados Eres, que lá estavam brincando, mas principalmente protegendo a pequena.Entende agora porque a mulher não o respondia...O filme para e ele esta aturdido, aquela não é uma festa comum.É uma festa para Exu, ele esta num terreiro de Umbanda.Descobre que outros como ele também foram atraídos ali para descobrirem que estão mortos e para serem impedidos de atrapalharem seus entes queridos.Márcia ainda esta nos braços do dono da festa Sr Exu João Caveira, que explica a ela que o marido esta ali e agora já tem consciência do ocorrido e não mais perturbara o lar.Promete diante de um emocionado Carlos que ira amparar Mãe e filha enquanto o espírito dele finalmente ira empreender a grande viagem.Esclarece que os Eres da casa estarão sempre ao lado da menina e que ele João Caveira e todos os demais Exus protegerão Márcia com carinho.Carlos abatido e sinceramente arrependido deixa-se levar.Terá muito que aprender.Mas agora será mais fácil, pois a luz da Umbanda já o envolve em sua plenitude. LAROIE EXU.
texto retirado da revista Orixás no link abaixo:
http://www.revistaorixas.com/index.php?option=com_content&task=view&id=86&Itemid=45
segunda-feira, 28 de novembro de 2011
domingo, 27 de novembro de 2011
Batismo na umbanda
O batismo na Umbanda difere na essência do ritual católico. Na Umbanda, não se aceita que uma criança possa nascer em estado de pecado.
O batismo simboliza a apresentação de um novo membro à comunidade umbandista, que através desse ritual dá demonstração de fé e aceitação de nossa religião.
O batismo é realizado por um Sacerdote que evocará as bênçãos de Oxalá para iluminação dos caminhos do novo membro da comunidade.
No ritual do batismo o novo membro deve ser apresentado ao Sacerdote por um casal de irmãos de fé já batizados, que terá a responsabilidade de orientar o novo membro.
O batismo simboliza a apresentação de um novo membro à comunidade umbandista, que através desse ritual dá demonstração de fé e aceitação de nossa religião.
O batismo é realizado por um Sacerdote que evocará as bênçãos de Oxalá para iluminação dos caminhos do novo membro da comunidade.
No ritual do batismo o novo membro deve ser apresentado ao Sacerdote por um casal de irmãos de fé já batizados, que terá a responsabilidade de orientar o novo membro.
Ponto Ogum não devia beber
Ogum não devia beber
Ogum não devia fumar
A fumaça é as nuvens que passam
E a cerveja é a espuma do mar
A fumaça é as nuvens que passam
E a cerveja é a espuma do mar
Ogum não devia beber
Ogum não devia fumar
A fumaça é as nuvens que passam
E a cerveja é a espuma do mar
A fumaça é as nuvens que passam
E a cerveja é a espuma do mar
Ogum não devia fumar
A fumaça é as nuvens que passam
E a cerveja é a espuma do mar
A fumaça é as nuvens que passam
E a cerveja é a espuma do mar
Ogum não devia beber
Ogum não devia fumar
A fumaça é as nuvens que passam
E a cerveja é a espuma do mar
A fumaça é as nuvens que passam
E a cerveja é a espuma do mar
Ponto de Ogum Rompe Mato
Quem cruza a espada com a lança
Lá no reino da Jurema
Quem cruza a espada com a lança
Lá no reino da Jurema
Ele é o Rompe Mato Ogum
Ele é o Rompe Mato Ogum
É o Rompe Mato e é também seu Tira Teima
É o Rompe Mato e é também seu Tira Teima
Ponto de bater Cabeça no Congá 1
Você que é filho de Pemba
Você que é filho de fé
Bate a sua cabeça é peça tudo o que quizer
Bate a sua cabeça e peça tudo o que quizer.
Ponto de Ogum de Lei também usado na sequencia de abertura de alguns terreiros
De quando em quando quando venho de aruanda
Trazendo pemba pra saudar filhos de fé
Ô marinheiro olha as ondas do mar
Ô japonês o Japonês
Olha as ondas do mar
Ogum de lei
Venho ó tibiri
Pelas ondas do mar e do oriente
Que lindo é o pisar
Que tem os caboclos
Pisando na areia
No rastro dos outros
Ô salve a iemanjá
E salve a sereia
Salve os caboclos que pisam na areia
Que lindo é o pisar
Que tem os caboclos
Pisando na areia
No rastro dos outros
Ô salve a iemanjá
E salve a sereia
Salve os caboclos que pisam na areia
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